Serra da Graciosa e Cidades Históricas do Paraná

Destino: Morretes e Antonina, BR 116 via Serra da Graciosa, Rodovia PR 410.


O Encanto da serra começa pelo Portal

No início da estrada avistamos algumas placas dando-nos boas vindas aos "Caminhos Históricos da Serra", logo descobrimos que as belas estradas estreitas algumas ainda de paralelepipido e suas pontes foram construídas em 1.873 e por muito tempo ela foi a única ligação do litoral ao interior do Paraná.





A Serra é sinuosa, entorno de 11 kilômetros, portanto todo o trajeto é percorrido em baixa velocidade.
A estrada passa por um trecho bem importante e preservado da Mata Atlântica, permita-se alguns minutos para contemplar os riachos que nascem na Serra do Mar e também para sentir o cheiro do verde úmido da mata, muito bom e revigorante!

O Pedro Augusto estava feliz e muito empolgado com a sua 2ª viagem, não se importava em ser afivelado e desafivelado em sua cadeirinha, e apesar de todo esse trabalho, em cada curva, era motivo de parada para fotografar e apreciar o lindo visual que se tem daqui de cima.

Como Atrativo Turístico a serra conta com 07 recantos com mirantes e estruturas de lazer:
Bar e Sanitário - ótimo para quem está viajando com crianças, fazer as trocas e se abastecer com água/suco ou algo para beliscar no caminho.
Churrasqueira - para quem vem "equipado", passar o dia com a família ou fazer um pic nic, achei bem legal, para garantir o lugar tem que chegar cedo, os quiosques estavam todos praticamente lotados.





Tivemos sorte e saímos em um dia agradabilíssimo - frio gostoso com sol - PERFEITO!!!

Morretes
Muitos nem sabem que o Paraná conta com cidades históricas e que elas estão bem próximas da capital, Morretes está distante apenas 63 kilômetros.
Claro que aqui o número de turistas e a quantidade de obras e casarios são menores que de outros estados, como as de Minas Gerais por exemplo, mas garanto que vale muito á pena curtir essa delícia de cidade fundada em 1.721, com seus 16 mil habitantes comemorando o turismo já como a 2ª fonte de recursos do município.

Ao chegar nos deparamos com uma feira de artesanatos, vendas de cachaça artesanal, balas de banana e um amontoado de pessoas.
Passeamos pelas barracas e visitamos várias lojas de souvenirs que além das suas belas fachadas coloniais cada uma possuía peculiaridades que chamavam mais e mais clientes para dentro do seu estabelecimento.
Fizemos nossas comprinhas básicas e seguimos ruelas á dentro.
Rodamos todo o centrinho a pé, conhecemos suas ruas arborizadas, os casarões e a Igreja Matriz. Apreciamos todos os detalhes se perguntando como teria sido viver alí há 150 anos atrás?!


Igreja Matriz Nossa Senhora do Porto - Inaugurada em 1.850.

Deixamos o Pedro Augusto curtir a paz, a tranquilidade e a segurança de uma cidade pequena, andou, correu, cansou!
Achamos um banquinho vazio e nos convidamos a sentar nele, ficamos alí descansando e apreciando o Rio Nhudiaquara (na língua indígena - Peixe empoçado ou Buraco do Peixe) que corta o centro da cidade.
Este mesmo rio recebe "aventureiros" para a prática do bóia-cross e canoagem, estes serviços são oferecidos pela empresa Calango Expedições.

A barriga roncou e nos deparamos que já se passava das 13hs e ainda não tínhamos ido almoçar.
Opções e ofertas de restaurantes não faltam, fomos no mais conhecido, o Madalozo,
a localização do restaurante é sem dúvida a sua maior propaganda, conta com um parquinho para as crianças e também com fraldário.
Dos muitos pontos citados, a cidade é conhecida pelo famoso Barreado, uma comida típica dos Morretenses, aliás, essa é uma briga entre eles e os Antoninenses (Antonina - nossa próxima parada), enfim, o prato já ganhou fama e é típico em todo o litoral paranaense.
Ele é um pirão de mandioca com carne bovina cozida, com pelo menos 12 horas de cozimento, bemm molinha, dando um toque final no prato, rodelas de banana maçã.



Como éramos novatos nessa história toda, o Srº Leleco gentilmente veio nos auxiliar na "preparação" do prato.



* 03 colheres bem cheias de farinha no fundo do prato e mais algumas da carne com o molho, vai mexendo e adicionando mais molho até que fique nesse ponto...


...o ponto de não cair do prato!!!



A combinação do prato é com Frutos do Mar, na verdade de imediato achei nada combinando, mas todos apreciavam assim, e o prato é vendido dessa forma.
Barreado, peixe grelhado, camarão ao bafo/molho/milanesa, mexilhões e saladas, tudo á vontade - R$ 70,00 para o casal sem bebidas.
A cortesia: um pacote de deliciosas balas de banana e muitos tragos de cachaça e batidinhas artesanais.

Saímos do restaurante pesados de tanta fartura, aproveitamos e fomos conhecer o povoado do Porto de Cima que fica apenas a 06 kilômetros do centro, muitos chegam até aqui de Bike, estas podem serem alugadas ou até comprado um pacote para o Cicloturismo.
Achei a idéia ótima, mas não estávamos com roupas adequadas e as disponíveis não tinham cestinha para carregar o Pedro, ficará para a próxima!
Demos um giro rápido conhecendo a praça principal,
A Igreja São Benedito


Linda - com construções do século XIX, infelizmente retratando a falta de conservação.


e a uma antiga agência dos correios

Seguimos viagem, a próxima parada é na cidade irmã, distante apenas 15 Kilômetros daqui.


Antonina

Os primeiros povoadores datam de 1.648 e 1.654 e sua população conta com um pouco mais de 17,5 mil habitantes.
Ficamos sabendo que estava sendo realizado o 9º encontro dos Antigomobilistas, pena que chegamos no fim, mas ainda conseguimos curtir algumas com o cover do Elvis Presley que estava animando a festa.


A Exposição dos carros antigos já tinha acabado. :(


Vou confessar que foi um dos pontos altos da viagem - clima romântico ao som do rei!


Ruínas do velho Mercado de Antonina.


Dica: Se você tiver interesse pela prática de esportes, reserve 03 dias para conhecer e aproveitar as belezas e todo o charme das cidades históricas.

E aqui concluímos mais uma dica e nos despedimos dessa delícia de viagem!

Ana, Guto e Pedro Augusto. (27/06/2010)